QUEM APRENDE?
Os alunos do ensino fundamental no Brasil, sua jornada e adaptação, buscando o acesso ao ensino à distância.
RADIODOCUMENTÁRIO
Esse episódio dará voz para quem aprende. Uma visão dos alunos sobre a Democratização da Educação na Internet.

Um país, mil realidades
O Censo Escolar, pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em 2019, relatou que no Brasil existem 47,8 milhões de estudante. Destes, 38,7 milhões são de escolas públicas e 9,1 milhões de escolas privadas.
80,96%
19,04%
Alunos do ensino público no Brasil
Alunos do ensino privado no Brasil
Fonte: Inep 2019
Sabemos que a desigualdade social é um dos maiores males de nosso país, e o isolamento social consequente da pandemia do coronavírus escancarou essa desigualdade, não só nos números, mas no
dia-a-dia dos milhares de brasileiros passando por dificuldades.
A aluna Eleonora Morais, do 3° ano do Ensino Fundamental em uma escola particular, afirmou em sua entrevista que está gostando da experiência de ter aulas online pois a Internet a ajuda em seu aprendizado, e que nunca passou por nenhuma situação de ser prejudicada na educação por conta da falta de acesso à internet. A Educação é um direito constitucionalmente garantido para todos, independente das circunstâncias. Mas será que todos os alunos estão igualmente usufruindo desse direito?
Os pais:
A educação não afeta só os alunos, mas também seus pais e responsáveis, principalmente quando abordamos o Ensino Fundamental (crianças e adolescentes entre 6 e 14 anos). Com os alunos tendo aulas presenciais, a qualidade do ensino é uma grande preocupação dos pais, que costumam averiguar se os filhos fazem as tarefas de casa, se estão absorvendo os conteúdos corretamente e se têm uma boa convivência social na escola. E na pandemia? Com as aulas sendo ministradas virtualmente e os filhos em casa, como os pais estão lidando? E os pais que saem para trabalhar, estão conseguindo dar conta da jornada dupla?
Entrevistamos a Vigilante e Bombeira, Laurentina Oliveira de Sousa, mãe de Nycolas, um aluno de 6 anos, para entendermos melhor a situação.
Como foi adaptar a rotina com os filhos em casa por conta da pandemia?
"Está sendo difícil, ele não entende que não pode voltar pra escola nesse momento, sente falta da escola, dos amigos e das atividades passadas na escola. No começo da pandemia tava mais fácil de fazer as atividades, mais com um tempo ele começou não aceitar a fazer e questionar quando vai voltar a escola."
Em sua percepção, seu filho está realmente aprendendo com as aulas à distância?
"Um pouco. Pois com as distrações maiores, como TV e brinquedos, ele acaba não tendo interesse em aprender, pois fica envolvido em querer brincar."
Vocês já tiveram algum tipo de dificuldade ou falta de acesso às aulas?
"Sim. Todos os dias.Trabalho em outra cidade, meu trabalho é essencial, não posso parar. Só chego a noite para auxiliar meu filho com as atividades virtuais, e muitas vezes chego e ele já está dormindo. É muito difícil."
Você acha que a educação pela internet está sendo para todos?
"Não, porque nem todo mundo tem condição de ter internet ou o aparelho para se conectar. Alunos estão sendo excluídos, e só uma parcela está tendo acesso e possibilidade de realmente continuar tendo uma educação escolar em meio às consequências isolacionistas do coronavírus."
Um olhar profissional:
Nada melhor do que um profissional para ajudar nessas horas de dificuldades, não é?! No vídeo a seguir a Psicoterapeuta Educacional, Bruna Baldasso, dará algumas dicas essenciais para sua família lidar melhor com o isolamento social e a educação em casa, mediada pela internet.
Para quem aprende:
Reservamos uma parte especial no nosso site, direcionado à você aluno do ensino fundamental, com algumas dicas para facilitar a sua jornada buscando conhecimento.